Tem coisas que ninguem ensina pra gente.
E sinceramente nem sei se eu pediria para aprender.
Aquela dor que bate fundo no peito e você pensa que vai morrer..
Aquele famoso nó na garganta que vai apertando tanto que queremos sair de dentro de nós mesmos..
Aquela coisa que dá um frio na barriga e transborda em lágrimas no meio da multidão..
Tem coisas que eu não queria aprender.
Gostar de alguem sem pedir para acontecer,
Sentir que é Agora e do nada o vento soprar mais forte e tudo desaparecer.
Perceber que nem sempre,
O Tempo é suficiente..
Eu não queria aprender..
Que as pessoas podem ser más!
Elas sorriem,
Muitas vezes querendo matar,
E matam porque não conseguem mais sorrir.
Confuso!
Eu não queria aprender..
Que tem dores que duram para sempre e quando alguem nos questiona..
Estamos sempre bem.
Grande Mentira!
Eu não queria perder..
O foco de uma direção que parecia certa,
A entrada de uma rua perfeita e deserta,
O meu amor por mim..
Que entregaria a você.
Eu não queria o desgosto de chorar novamente,
De olhar em volta e me sentir questionada de frente.
Afinal,
Eu sempre fui a mais forte!
No final,
A gente volta para o começo!
Ninguem está nem ai se você está totalmente colada com cola Pritt..
Sim!
Aquela que é só encostar e você desmonta novamente.
No empurra empurra do relógio,
Os ponteiros nos arremessam a uma distância de nos deixar zonzos!
Tenho vontade de correr.
Mas às vezes,
Ficar pra ver é o melhor negócio.
Este grito que tenho aqui dentro,
Preso no peito..
Já me visitou antes.
Ele já me deixou noites destruindo teclados de computadores e consumindo as folhas de cadernos velhos..
Parecia que o mundo seria capaz de entender,
Aceitar,
Melhorar,
Se curar!
Tola eu?
Talvez seja..
Ou Talvez eu seja uma menina que caiu da cama no dia de comprar um sapatinho novo,
Uma menina que ao machucar o pé, conseguiu o único sapatinho da vida que deu certo,
Em pensar que aquele era o que daria errado..
Quem sabe?
Vou seguindo entre dores,
Tormentos e lágrimas..
Mas na certeza que as alegrias,
Sorrisos e aprendizados..
São bem maiores que minha coleção de bitucas de cigarros amassados na escuridão de uma laje velha.
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